- Maio 1, 2018
Doença de parkinson
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente, antecedida pela Doença de Alzheimer. Manifesta-se, essencialmente, por problemas motores, tais como, tremores de repouso, rigidez muscular e instabilidade postural.
Na perspetiva da Medicina Dentária, os pacientes com Doença de Parkinson têm tendência para ter uma saúde oral e periodontal comprometida, tanto como consequência da doença em si (como por exemplo a dificuldade em engolir, hipossalivação), como devido a efeitos secundários da medicação (alterações do paladar, inflamação e edema da língua, garganta seca, “ranger os dentes”).
A falta de controlo da musculatura orofacial e um deficiente auto-cuidado oral devido à falta de destreza manual leva ao aumento da cárie dentária, gengivites, periodontites e a perda de dentes.
A hipossalivação é outra preocupação sendo que a sensação de boca seca e ardor gera desconforto, úlceras, problemas de alimentação e deglutição e dificuldades no uso e adaptação de próteses dentárias. Os problemas de deglutição podem gerar refluxo gastro-esofágico , cujo ácido pode causa erosão dentária e sensibilidade.
O papel do Médico Dentista na ajuda destes pacientes ultrapassa o simples tratamento dentário, sendo essencial apostar na prevenção e na educação também dos cuidadores.
Muitas das manifestações são apenas passíveis de serem aliviadas. É importante o uso combinado de uma pasta dentífrica fluoretada e escova eletrica para a higiene diária. Em casos de sensação de boca seca é necessário o uso de colutórios substitutos salivares e nas queixas de sensibilidade, a aplicação de vernizes de flúor em consultório é o mais indicado.
Devido a estes problemas acrescidos, aconselha-se consultas de Medicina Dentária de quatro em quatro meses para prevenir o avanço das doenças orais, sendo que estas consultas deverão ser realizadas logo de manhã devido ao maior grau de atenção e cooperação 60 a 90 minutos após a toma da medicação.